‎"There are bridges on life's highway but we never see them there. Some cross troubled waters, some don't go nowhere"

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Os "entretantos" em que te perdi


Já não é o que era, e muito dificilmente voltará a ser o que um dia já foi.
Há coisas que não percebes, mas no fundo o que mais me incomoda é que não as tentes sequer perceber.
Nunca te pedi para seres quem não eras, até porque caso o fizesses deixarias de ser a pessoa por quem me apaixonei um dia para passares a ser alguém estranho. Estranho a mim e a ti. E sempre fui vivendo bem com o que eras, retirando de ti o que precisava para me preencher e para ser feliz. O problema agora é que já não te reconheço de forma alguma e, embora te continue a amar com todo o meu ser, já não consigo tirar nada de ti. Já não me consigo “alimentar” em ti, já não te consigo respirar.
Não sei o que mudou, não sei o que te fez fechar-te em ti para deixares de perceber que não é só a tua vida que carregas nas mãos, mas sim a minha também. Só sei que no dia em que te fechaste, fechaste-me a mim também. E pior, fechaste-me num sítio onde não me consigo encontrar.
Gostava muito de me encontrar de novo, e gostava que te encontrasses juntamente comigo também. Mas não sei se será possível.
Muito se perdeu nos “entretantos” dos nossos desencontros. E acredita quando digo que não é por te amar menos que deixei de lutar. É por te amar mais e de mais. Mas sei que não posso remar contra a maré. Não se tiver de o fazer sozinha.
Receio bastante que tenha perdido o meu amor próprio à muito tempo em prol do meu amor por ti. E tenho medo que se não for capaz de o recuperar rapidamente, possa nunca mais voltar a tê-lo, e possa nunca mais voltar a ser feliz, como fui contigo.
Nunca ninguém se deveria dar ao luxo de dar alguém como garantido. No dia em que isso acontece, é precisamente quando se começa a perdê-lo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário