‎"There are bridges on life's highway but we never see them there. Some cross troubled waters, some don't go nowhere"

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Efeitos colaterais ou aquilo que não sabes que me tiraste

O tempo que estive contigo foi um misto das maiores alegrias e das maiores catástrofes, e eu estava consciente que um dia após o fim, muito de mim continuaria a ter partes de ti, mesmo não querendo.
A verdade é que hoje estou feliz. Quem sabe mais feliz que nunca.Quem sabe mais compreendida e mais amada que nunca. Quem sabe amada como tu nunca me soubeste amar.
O problema está naquilo que tu não sabes que me tiraste. E se houve coisa que defintivamente me tiraste foi a confiança. Não a capacidade de confiar em alguém, mas a capacidade de me sentir segura.
Tiraste isso de mim e fizeste questão de me deixar esta insegurança constante que me consome a toda a hora e que me faz ter aquele medo do tipo insconsciente porém, incontrolável. E isso nãosó me chateia, como me irrita e me faz querer arrancar cabelos e espernear.
Em contrapartida, adoro-te e adorarte-ei sempre daquela forma que tu tão bem sabes. Fazes-me falta todos os dias, e gosto daqueles em que trocamos umas palavras e em que posso saber de ti e tu de mim. Não abdico da tua amizade, da tua presença, e quem me dera que compreendesses isso melhor.
Terei sempre partes de ti dentro de mim. Porque ficaram gravadas; Porque, para o bem ou para o mal foste um grande amor, e para o bem e para o mal, sê-lo-ás sempre, ainda que de maneira diferente.
Não te sei explicar porquê, nem tão pouco entendo como alguém que pode fazer-nos tão bem e tão mal ao mesmo tempo, pode tornar-se um ser eterno e único nas nossas vidas. Mas a verdade, é que na vida nunca haverá resposta para tudo e, apesar de me teres tirado várias coisas, deixaste em mim mais do que tu pensas, e mais do que provavelmente eu saberei.

Aquilo que não sabes que me tiraste, eu não mais voltarei a ter.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Happy face, sad face

Hoje numa dinâmica de grupo durante uma das cadeiras do meu curso, fui classificada por colegas como sendo alguém divertido, que está sempre a rir, sempre alegre, sempre a mandar as suas piadas e isto foi algo que me deixou a pensar. Aliás, é algo sobre o qual eu tenho vindo a reflectir e que me permite tirar algumas conclusões sobre mim mesma.
A verdade é que realmente é mesmo assim. Sou uma autêntica "palhaça", rainha das ironias e sarcasmos, mestre na bela arte de rir, sorrir e gargalhar. É assim que sou habitualmente, e é assim que sou vista. E sim disse bem, vista. Porque na realidade estou desfeita, e talvez a palavra "desfeita" seja pouco. Sinto-me espezinhada, com o coração e alma aos pedaços, com a cabeça na maior das confusões. Mas a verdade é que ninguém tem de levar com isso, ninguém tem de o saber, ninguém tem de o perceber. Estou assim, mas isso sou eu, não tenho de o passar para fora nem de o transmitir.
Para além de ser mestre no que acima referi sou também mestre do bom disfarce, e julgo que dificilmente deixará de ser assim. A minha maneira recatada, a minha mania de me fechar  a 7 chaves, é algo que está entranhado em cada parte do meu corpo e assim permanecerá.
Para quem me conhece superficialmente a minha mascara da alegria estará sempre posta. Para quem me conhece a fundo, não preciso nem falar.
Bom ou mau? Diria ambíguo. Mas que importa? Assim é, assim será.

Sendo dia de Halloween, não poderia deixar de falar em mascaras.

sábado, 20 de outubro de 2012

O valor das coisas, ou a falta dele

Às vezes a vida mostra-te que tens de seguir em frente. Ás vezes tens de engolir a dor, engolir todo o sofrimento, porque olhar para trás prende-te e não te deixa ver tudo o que tens à tua volta. Ás vezes há coisas que não controlas e, como tal, não tens capacidade para fingir, para parecer forte, porque na verdade estás frágil e destruída por dentro. Ás vezes percebes que há momentos e pessoas que não vão mais voltar e que inevitavelmente tens de aprender a viver com isso ao invés de reforçar as amarras e continuares presa ao que te magoa e te faz sangrar. Ás vezes dás por ti a pensar em tudo à tua volta e entendes que poucas coisas há que façam sentido, mas que dentro dessas poucas estão aquelas que realmente valem a pena. Aquelas pelas quais vale a pena continuares a lutar e preservar e aquelas que ainda que por mais que custe te fazem ainda sentir viva. Ás vezes não há mais nada a fazer e há vezes também em que não há caminho nem à esquerda nem à direita e muito menos atrás. Ás vezes percebes que só há um caminho, e que esse é única e exclusivamente para a frente. Ás vezes o valor vale pouco. Ás vezes vês que há coisas que não têm jeito, muito menos volta a dar.
Ás vezes amar não chega.

domingo, 14 de outubro de 2012

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Pequena crónica da dor que não mata, mas ameaça


A verdade é que não sei de mim. Pela primeira vez em um ano e três meses, estamos há um dia e meio sem falar, sem dirigir uma palavra. Só eu sei o quanto me dói, o quanto me estou a corroer por dentro e o quanto me apetece pegar no telemóvel e dizer-te o que quer que seja. Mas não posso. Não posso porque olhei para mim e percebi que este talvez seja o primeiro passo para me libertar de ti, para ganhar o tal amor próprio que eu há tanto perdi.
Não fui eu que errei, não sou eu que estou em falta contigo. E não sou, porque desde sempre, desde o primeiro dia te dei tudo. Tudo de mim, tudo o que tinha e para além disso, até tudo o que não tinha. Fui-te dada desde início como garantida, e foi por isso que sem saberes, me foste perdendo.
Sei que o orgulho não nos leva a lado nenhum, mas neste caso, que posso eu fazer se sempre que tento “chamar-te á Terra” tu não estas ou foges de mim?
Estou desfeita, não posso dizer que não o esteja porque estaria a mentir. O único factor que me faz sentir bem neste momento é o facto de saber que não te falhei em nada, nem por um minuto. A minha consciência está tranquila. Mas isso não chega.
Fosse a consciência tranquila um remédio para a dor. Fosse a dor motivo suficiente para se ser capaz de seguir em frente.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

"i'm sorry, i can't be perfect"

Não me apetece escrever. Não me apetece sair. Não estou com disposição para noitadas. Não estou com disposição para fazer algo que não me apetece só porque o devo fazer. Não me apetece falar. Não me apetece aturar pessoas que não me dizem nada. Não me apetece andar de um lado para o outro.
Não me apetece não ter paciência. Não me apetece estar assim.

Não me apetece...mas estou.

Música da Semana


Umas das minhas preferidas. Sia com "Soon we'll be found".